A criminalidade está cada vez mais presente na sociedade brasileira. Em relação a isso, é relevante destacar que o aumento da delinquência juvenil no estado brasileiro fundamenta-se em carências sociais, tendo em vista não só ausência de apoio familiar, mas também oportunidades de educação. No que se refere a família, observa-se que esta instituição manifesta fundamental participação na formação do caráter juvenil. Consequentemente, quando o jovem não recebe o devido apoio familiar, esse pode ser oferecido por aqueles que se aproveitam da mão de obra juvenil para a realização de crimes. Verifica-se que os atos criminosos juvenis são comandados por interesses de adultos, devido ao fato, principalmente, dos menores serem criminalmente impútaveis e do sistema penal não punir efetivamente estes adultos. Somado a isso, a criticável educação brasileira interfere nas oportunidades formais dos indivíduos. A busca por uma melhor qualidade de vida apresenta-se como um sonho praticamente inalcançável aos olhos de quem não tem acesso à um ensino de qualidade. Nessas situações, muitos seguem para o mundo do crime, numa tentativa desesperada de ascender socialmente. A criminalidade entre os jovens brasileiros, portanto, é reflexo de déficits sociais. Por isso, para ser combatida, é primordial a atuação dos Ministérios da Educação, Segurança e Saúde, promovendo, respectivamente, educação formal e social, reformas no sistema de monitoramento e acompanhamento psicológico semanalmente para esses menores infratores. Conjuntamente, com o apoio familiar, instruindo o indivíduo desde a infância sobre o que é certo errado, evitando-se, previamente, atos de cunho criminoso.