No limiar do século XXI, é comum presenciar o aumento da criminalidade entre os jovens brasileiros. Destaca-se nessa conjuntura as diversas formas de crime, sejam elas: o furto, assassinato, roubo e, principalmente, o tráfico de drogas. Dessa forma, é indubitável que o desregramento do sistema é um fator incisivo na questão, e que o crescimento desses delitos é um agravo para a sociedade. Num amplo aspecto, as crises econômicas, desigualdades sociais e a falta de estrutura familiar são remetidas como um fator na elevação dos crimes cometidos pelos jovens. Para o sociólogo Émile Durkheim, a formalidade do crime é universal, ou seja, é uma ofensa coletiva e um agente de mudança na moral. Com base na máxima do autor, sintetiza-se que o aumento dessa criminalidade é sinal de que o sistema social não funciona corretamente, no qual não existe uma ordem normativa de controle. Outrossim, a ausência de políticas públicas e a desigualdade social corroboram o problema. Nesse conceito, a existência de leis brandas e desajustadas constituem um cenário caótico e intrépido, aliado à falta de oportunidades econômicas, decorrente de um sistema educacional precário. Assim, segundo dados do SINASE, 90% dos adolescentes infratores são homens e 76% têm idade entre 16 e 18 anos, destes, 51% não frequentam a escola, o que elucida a questão cultural dos mesmos nesse meio em demonstrar superioridade e dominância. Percebe-se que o aumento da criminalidade entre os jovens no país é um problema e cabe, portanto, a implantação de medidas atenuantes. O Governo Federal é responsável pela criação de políticas públicas consistentes que priorizem a educação e assistência social, com o incentivo à permanência do adolescente na escola, reforçado por cursos profissionalizantes e programas para tratamento de drogadição. Ademais, cabe à escola repassar essas metas nas salas de aula através de debates e inserção juvenil, com o objetivo de dirimir esse legado por meio da ressocialização.