Ao fazer uma simples análise acerca do Brasil, não é preciso esforço para perceber a gritante desigualdade social no país, e junto a ele, a alta taxa de criminalidade aqui presente. Contando com alta atuação dos jovens brasileiros, tendo em vista que segundo a revista Exame, 192 mil adolescentes cumprem medidas socioeducativas no Brasil, e tal número vem crescendo a cada ano. Vivendo em uma realidade conturbada, grande parte das crianças deixa a escola para ajudar a família na luta pelo “pão de cada dia”, e veem no tráfico e no roubo, uma espécie de atalho para sair da extrema pobreza. O filme “Cidade de Deus” retrata o dia-a-dia da favela e a maneira com que os menores são utilizados no mundo do crime por não serem preso, direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Muitas vezes, os pequenos não tem uma boa estrutura familiar, podendo ser até mesmo renegados por seus pais que às vezes estão envolvidos com o mundo do crime. Immanuel Kant dizia “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, e nos leva a pensar, o que a educação do nosso país tem feito para mudar a realidade desses jovens? Fornecido escolas caindo aos pedaços e desviado recursos destinados à merenda? Portanto, medidas são necessárias para realizar o impasse, o Ministério da Educação precisa fornecer educação de qualidade nas periferias, incluindo além de bons professores, escolas com construções dignas e merendas. Implantando também estratégias para incluir os menores que retornam da internação no ambiente escolar, já que segundo pesquisas do CNMP, 80% das unidades não oferecem atendimento a eles. É necessário que o conselho tutelar também intervenha e fiscalize para que as crianças permaneçam nas escolas, além da implementação de políticas públicas que mudem a realidade dos menores em casa e na rua. Apenas a educação consegue frear a violência.