Economia, política, educação e segurança, fatores cruciais para formação do cidadão. Quando estes conceitos se encontram deturpados por uma forte crise econômica e política, qual o impacto causado, principalmente nos adolescentes e o que o tráfico aproveita com esses fatores condicionantes? Cientificamente, os jovens tem mais facilidade no aprendizado, o que explica o recrutamento juvenil, tendo em vista que tudo o que se aprende cedo é levado por toda a vida. Exemplificando a frase de Pitágoras “Educai as crianças e não será preciso castigar os homens”, o mesmo vale para o tráfico de drogas que, aproveitando-se de uma educação fragilizada no país, atrai os jovens com promessas de dinheiro e felicidade. A entrada dos adolescentes para o tráfico de drogas facilmente se explica como nada mais do que um meio para sobreviver à crise econômica, que assola o país nos últimos anos, tendo em vista que o desemprego, no Brasil, ultrapassa, atualmente, treze milhões de pessoas, segundo o IBGE. A estratégia adotada pelo tráfico, para manter os jovens consigo, pode ser comparada, historicamente, com a Juventude Hitlerista, que atuou, principalmente, ao final da segunda guerra mundial. Através da propaganda e das mídias sociais da época, o governo de Adolf Hitler e, também, sua doutrinação nas escolas, fizeram com que os jovens criassem uma fé cega em seu líder. Trazendo para a realidade atual, isso se tornou mais fácil, principalmente com a ascensão das tecnologias de comunicação, que deixa mais curto o caminho para conhecer tanto coisas boas quanto ruins. Portanto, devem-se formar políticas públicas, tendo como meta principal, a inserção dos jovens no mercado de trabalho e, também, mantendo-os ativos nos estudos e explicitando, dessa forma, que, mesmo com pouca idade, todos impactam o meio em que vivem, seja positiva ou negativamente impactante.