Título da redação:

A dispersão da realidade naturalista

Tema de redação: O aumento da criminalidade entre os jovens brasileiros

Redação enviada em 09/09/2017

Desde a concepção do Brasil, problemáticas, advindas da marginalização de escravos, tornaram-se recorrentes ao passar do tempo. Então, nos séculos XIX e XX, pensadores literários como Machado de Assis e Aluísio de Azevedo, em forma de protesto, criticaram, por meio de suas obras, intempéries corriqueiras - criminalidades e mazelas sociais. Entretanto, ao invés do contratempo ser paulatinamente encerrado, aumentou e, pior, circundou a vida da bandidagem aos jovens. Nesse contexto, devido ao descaso com a população seja adulta, seja juvenil, a redução de situações em que o menor pratica o delito, transforma-se utópico. Os fins justificam os meios dizia o pensador florentino Maquiavel. Tal óptica se projeta no cenário atual, pois, motivado pelos formadores de caráter cívico, a criança se submete à infração da lei. Cabe ressaltar a participação dos governantes no tema, cujo papel tem sido segregar os benefícios, garantidos à todos da comunidade pela Constituição Federal de 1988, para as elites. Consequentemente, o país, mesmo sendo a sétima economia mundial, ocupa o 79º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano e, diante disso, reflete na precariedade do atendimento público que se traveste na ascensão da conjuntura no qual o imaturo rouba e furta para sustentar a si e a sua família. Outrossim, à custa da tradição de tentar vencer na vida por vias fáceis, a expressão popular "jeitinho brasileiro" tem se perpetuado e atingido os descendentes da pátria. Carl Jung, fundador da Psicologia Analítica, acredita que somente com a mudança da atitude do indivíduo começar-se-á a reforma da nação, isto é, a sociedade com seus defeitos só irá ser superada com uma postura cultural de um cidadão. Logo, é dever das escolas propagar conceitos de civilidade para que condutas de delinquentes não tenham continuidade no meio juvenil. Por todos esses aspectos, percebe-se que a história está intrinsecamente ligada com a expansão da ilegalidade em função do adentramento do adolescente nesse âmbito. Em vista disso, é emergencial a atuação do Poder Legislativo em criar normas que isentem as empresas, no intuito de que essa dispensa possa ser voltada ao investimento sócio-cultural, a fim de que a juventude passe mais tempo se formando como cidadão e, assim, sair da vida de crime. Também vale frisar a ação de ONGs em comunhão com os parentes em formar oficinas educativas, para que o processo de aprendizagem comece em casa e não nas ruas. Assim, os enredos da literatura machadianas e aluisianas só passem de contos.