Título da redação:

A Crescente Criminalidade dos Menores

Tema de redação: O aumento da criminalidade entre os jovens brasileiros

Redação enviada em 26/08/2017

O Brasil é um país historicamente violento. Um fator preocupante é a idade que os marginais começam a atuar na vida do crime - bem abaixo da maioridade penal - o que vincula essa violência à falta de educação e base familiar consistentes na vida dos jovens. Esses mesmos jovens, considerados como penalmente inimputáveis pela justiça brasileira, se aproveitam de leis bem menos rigorosas e, são, cada vez mais, utilizados pelo tráfico e por facções criminosas, o que vem causando um aumento na criminalidade juvenil. De acordo com dados exibidos na revista Exame, o maior número de menores infratores advém dos três principais estados do sudeste, os quais têm forte presença de facções criminosas, principalmente em suas capitais. Essas facções se fazem extremamente presentes nas favelas e nas comunidades carentes das cidades. Nesses locais, há difícil acesso à educação de qualidade e praticamente não há projetos de incentivo ao estudo. O menor tem uma educação fraca, que não o atrai, e abandonada pelo Estado em péssimas condições de infraestrutura. Quando nas ruas do bairro, esse jovem convive com marginais que ostentam carros, jóias, relógios, smartphones e bens de valor que seus pais, que lutam pra sustentar o lar com dificuldade na maioria das vezes, não poderiam nunca presenteá-los. Isso desperta um olhar de interesse do menor para o crime. Convém destacar que as facções criminosas vem se aproveitando da falha do Estado para com os carentes e aguçando a vontade do jovem para participar de suas atividades. Assim, muitas vezes, os utilizam principalmente em crimes menos violentos, que não gerarão a internação do meliante e o mesmo voltará as ruas logo depois. Quando o usam para delitos mais graves, utilizam-se do fato da pena máxima de 3 anos e da provável falha do Estado na recuperação do infrator, por falta de estruturas ideais somado a uma mente juvenil que já teve contato com dinheiro e bens que sabe que as atuais condições de sua família não o permitiriam ter. Em vista do que foi apresentado, é necessário que o Estado tome uma atitude corretiva para deter o crescimento da violência entre os menores. Para mudar a situação, é necessário ingressar nas comunidades carentes com programas de inclusão-social e educação, conscientizando, assim, toda a família sobre a importância da educação e da criação dos pais, os quais são os primeiros exemplos dos filhos, e, também fazendo-se presente com assistência social em todas as cidades. O Ministério da Educação precisa investir nos professores e na infra-estrutura das escolas, voltando-se à necessidade dos alunos, tanto de comida quanto de entretenimento com atividades extra- curriculares. Além disso, faz-se preciso também maior investimento nas unidades de recuperação, para que, quando os jovens sejam internados, possam ser efetivamente recuperados para a reinserção na sociedade de maneira satisfatória.