Título da redação:

Liberdade nas redes

Tema de redação: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 27/09/2015

A comunicação e a informação sempre foram relevantes em todo período da história e agora, no momento atual em que vivemos, não é diferente. Com a evolução tecnológica um novo modelo de relacionamento foi criado, as chamadas mídias sociais, com elas, a velocidade de compartilhamento das informações é quase que instantânea e seu uso vem causando impactos e mudanças no meio cultural, político e social nos espaços em que se inserem, mas apesar de toda essa evolução, ainda há aqueles que carecem desse tipo de integração digital. Primavera árabe, marcha da maconha e marcha anticorrupção, apesar de possuírem contextos totalmente diferentes possuem algo em comum: o uso das redes sociais para promover ideias, alertar e agregar militantes para suas causas, assim como organizar movimentos no espaço real que tiveram início no meio virtual. Os desfechos que esses movimentos tiveram demonstrou o grande poder de integração, informação e persuasão que essas mídias possuem quando usadas para este fim, gerando uma preocupação corrente entre os usuários das redes com o artigo 16 do marco civil da internet, pois temem ficar sobre “vigilância eletrônica” ou perder parte de sua liberdade expressão. Com toda a integração e evolução que temos hoje, ainda há espaços que estão parcialmente fora dessa dinâmica, como é o caso do continente africano, que segundo a ONU, possui apenas 17% de seu território com acesso a internet e Cuba, onde o acesso à rede mundial de computadores só foram implantados com a recente reconciliação com os EUA. Dessa forma atores políticos, sociais e culturais ficam limitados a seus territórios e realidades quando comparados com outros que possuem maiores condições de acesso às redes digitais. Portanto, para que essas redes não fiquem restritas a poucos, seria necessário estender o acesso virtual de qualidade para a maior parte da população fomentando uma participação mais democrática, pois é a partir das redes sociais que é permitida a ocorrência de ativismos espontâneos. Muitas ONGS e empresas de tecnologia de informação e comunicação já fazem parte desse trabalho cabendo a nós divulgar parte de seus projetos, dos quais Missão África, Net4help, dentre outras podem ser consultadas através do site da UNESCO. No entanto, não adiantaria ter qualidade de serviços com um maior acesso à rede e participação em mídias digitais com um governo que delibera normas como o artigo 16 do marco civil da internet.