A influência tecnológica é evidente em diversos setores da atual sociedade globalizada. As manifestações sociais, sobretudo, ganharam notoriedade e força após o uso desse artifício a favor das reivindicações populares. Uma vez que o ciberativismo - prática recente - já demonstra resultados eficazes, a exemplo da derrubada de governos autoritários no Oriente Médio, a chamada Primavera Árabe. Desde a Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, nota-se a constante busca por evoluções tecnológicas, em que a praticidade é causa fundamental. A revolução técnico-científico-informacional, portanto, é resultado dessa obsessão, bem como a era dos smartphones, os quais são exemplos nítidos dessa praticidade tão almejada. Essa inovação tecnológica atrelada as insatisfações da população, culminam nas manifestações de gênese ciberativista. Ou seja, a união de um grupo insatisfeito em redes sociais - as chamadas comunidades virtuais - facilitam a organização de eventos reivindicatórios e, consequentemente, a efetividade das manifestações. Embora nem toda população tenha acesso a internet, no Brasil, em 2013 e 2015 manifestações de origem ciberativista - semelhante aos eventos da Primavera Árabe - invadiram as ruas no país em busca de melhores condições sociais de vida. Diferente do Oriente Médio e o norte da África, no Brasil, o direito à manifestação é imposto pela Constituição, desde 1988, o que facilita a pacificidade dos eventos. Dentro desse pressuposto, infere-se que as redes digitais, se usadas de forma correta, corroboram com as reivindicações políticas da população. No entanto, a melhor alternativa é a comunicação entre governo e sociedade, por meio das inovações tecnológicas, a fim de sanar as insatisfações populares, e garantir o bem-estar social. Em suma, permanecer em meio a liberdade ativista pacífica é a melhor opção.