Título da redação:

Heróis da pátria do século XXI

Tema de redação: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 14/08/2017

Segundo o pai da psicanálise, Sigmund Freud: “O novo sempre despertou perplexidade e resistência”. Nesse sentido, o receio do destaque entre tantas opiniões divergentes e a necessidade de integrar-se ao âmbito coletivo fez com que os indivíduos, por vezes, fizessem uso das redes sociais como porta-voz de suas necessidades de expressão e de mobilização a causas sócio-políticas. No entanto, nem sempre essa conduta presente no mundo virtual faz-se verossímil à sua aplicação na realidade. Primeiramente, nota-se que o ciberativismo tem influenciado os jovens que não possuem senso crítico apurado. Nesse sentido, a difusão de informações inverídicas, como textos nas redes sociais, é responsável pela alienação do povo em relação aos assuntos políticos. Consequentemente, os movimentos sociais perdem o seu valor visto que o povo não possui conhecimento suficiente sobre os seus direitos a fim de combater as mazelas sociais. Além disso, a nova geração também dissimula uma mobilização que, em determinados casos, só transparece no campo cibernético. Por vezes, os internautas querem se sentir inclusos e engajados num debate político de determinado grupo na rede social, fazendo com que obtenham comodismo em permanecer apenas no plano virtual e, ainda, a falsa sensação de cumprimento de deveres como cidadãos. Dessa forma, tal como a 1ª Geração Romântica, criou-se uma identidade idealizadamente heroica com a pátria a fim de estabelecer ações paliativas e forjar um ativismo social. Torna-se evidente, portanto, que apesar das redes sociais serem auxílio à mobilização e, consequentemente, a transformação social, os internautas não podem se limitar apenas ao plano virtual e construir sua opinião com base em informações inverídicas. Nesse contexto, é fundamental que por meio da educação nas escolas, através de debate entre jovens e professores que abordem a importância da presença física dos indivíduos nas manifestações, como também, o poder persuasivo da mídia, com o intuito de promover a conscientização civil. Só assim, a análise de Freud poderia incitar os indivíduos para agregar o poder das redes à realização de sua cidadania.