O mundo digital em que vivemos é responsável por quebras de barreiras físicas e ideológicas. A partir da chamada Revolução Técnico-Informacional, a qual vivenciamos, nos é perceptível o quão decisivo é o processo de globalização na sociedade. Este atua juntamente à Internet, cuja notoriedade marca-se na facilitação da efetividade de movimentos sociais e ideológicos, a partir do uso em massa de smartphones. No Brasil, a instituição do neoliberalismo no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), contribuiu para o avanço da tecnologia no país, uma vez que a caracteristíca de Estado mínimo favorece o crescimento proveniente da globalização. A partir da década de 90, mesmo que em parcelas mais restritas da sociedade, houve a maior possibilidade da população adquirir computadores com internet, fazendo com que fosse estimulado o avanço nessa área. E assim foi feito. O crescimento progressivo desse ramo digital nos trouxe à máxima: o minimalismo. Hoje o maior veículo de comunicação são os smartphones, praticamente computadores portáteis. A viabilização deste produto foi possível pela quantidade de modelos e a facilitação do crédito. A partir de tais fatores, boa parte da população do Brasil possui um smartphone, fazendo com que também tenham, por intermédio deste, redes sociais; lugares onde julgaram propício a divulgação de ideais e insatisfações, devido a facilidade e rapidez com que as ideias são compartilhadas. As redes sociais se mostraram como maior ferramenta na discussão e levantamento de ideias nos movimentos de 2013 no Brasil, evidenciando o ciberativismo. É inegável a responsabilidade das redes sociais e da internet como "palco principal" para os movimentos sociais do século XXI, no entanto, tais facilidadades podem gerar consequências contrárias, como o comodismo por parte da população, em achar que, uma "curtida" ou um "compartilhamento", já são suficientes para exercer com plenitude sua cidadania. Portanto, as redes sociais são indispensáveis para o avanço social, entretanto, tornam-se insuficientes caso não sejam unidas à outros fatores. Para tanto, é preciso a criação de Órgãos de controle social virtual, com um intermediário capacitado, para levar as questões levantadas à justiça, e direcionar os movimentos instaurados nas redes sociais a fim de evitar o cyberbulling. Além da ajuda midiática, com levantamentos constantes dos principais problemas regionais, a fim de levá-los à ciência do Estado, para saná-los com maior efetividade. Assim, com o devido controle, sem extorquir a liberdade de expressão e a consciência da população de que permanecer atrás da tela é pouco, conseguiremos exercer cada vez melhor a nossa cidadania.