As mudanças que a internet pode proporcionar a sociedade não são mais promessas, e sim realidade, uma vez que toda grande ação no mundo virtual provoca impacto no mundo real e vice-versa. Entretanto, é preciso que a nova geração se conscientize que o chamado ciberativismo não gera muitos resultados sozinho, uma vez que há uma relação de dependência mutua entre o ativismo feito no mundo virtual e no real. Durante muitos anos afirmava-se que no futuro a internet democratizaria tudo. Ou seja, o conhecimento seria grátis, a informação seria compartilhada sem censura, tudo isso em benefício do debate livre e do bem comum. Em parte, esse futuro chegou, e tal realidade se exemplifica por meio do chamado "ciberativismo". Esse ciberativismo, que é o ativismo feito pelo internet, já derrubou presidentes, como durante a "primavera árabe", e cada vez mais ganha mais poder. Isso fica bem claro quando atitudes tomadas por grandes líderes no mundo real, como a invasão a um país ou a mudança de uma política econômica, são discutidas por jovens nas redes digitais, onde tentam traçar estratégias para solucionar tais problemas. Entretanto, o conforto de se fazer ativismo pelo computador, costuma alienar os jovens, que passam a pensar que o ciberativismo sozinho basta. O fato é que não se pode pensar em mudar uma realidade na sociedade só tomando atitudes no universo digital, sem atuar no mundo real. Por exemplo, a politica feita pela internet não basta. É preciso que o militante também defenda suas causas por meio da política partidária, visto que é essa a maior tomadora de decisões dentro do estado moderno. Sendo assim, é bastante evidente que as redes digitais são importantes em processos de democratização e ativismo. Porém, sozinhas, tais redes não bastam para modificar a realidade de uma nação. É preciso, portanto, que os jovens militem em nome de suas causas não apenas virtualmente, mas também no mundo não-virtual, seja em sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais ou organizações não-governamentais.