Na Roma Antiga, 493 A.C, a retirada dos plebeus para o monte Aventino pode ser considerada da primeira demonstração de ativismo social do mundo. Posteriormente, Karl Marx, sociólogo e autor do Manifesto Comunista, definiu a história das sociedades como a história da luta de classes. Com o advento da rede mundial de computadores, o engajamento político, cultural e social ganhou uma nova roupagem e se transformou no Cyberativismo. Esse conseguiu aperfeiçoar a conscientização e promoção, a organização e a ação de grupos. Hoje, por meio da rede mundial de computadores, qualquer ação coletiva consegue alcançar um grande número de pessoas e, consequentemente, de apoiadores. A grande quantidade de informações que a rede possui faz com que os internautas consigam construir um senso crítico e, posteriormente, estabelecer uma relação de participação muito forte com movimento divulgado. No Brasil, temos como exemplo, a eleição presidencial de 2014 na qual o cyberativismo foi muito utilizado como ferramenta de divulgação de ideias, propostas e de debates. Além da conscientização, a organização e ação de coletivos e grupos fazem parte da gama de benefícios do ativismo virtual. A marcação de encontros presenciais em todo o mundo com o intuito de manifestar o desejo ou a insatisfação com algo -na maioria das vezes, uma resposta contra alguma injustiça social ou decisão política- é uma realidade. Um dos exemplos mais recentes aconteceu na Síria. Lá, segundo a Dubai School of Government, as redes sociais (Twitter e Facebook) exerceram um papel fundamental para o desenvolvimento dos protestos contra o então presidente Bashar Al Asad. Num mundo que vive em constante transformação, o movimento ativista virtual veio para acelerar e democratizar esse processo. Milhares de mudanças já são vistas em todo o planeta, sejam leis que garantam dignidade, punição de políticos corruptos e ditadores ou até mesmo a divulgação de artistas em escala jamais vista. É grande a importância dessa ferramenta mas a mesma deve ser bem utilizada. Os órgãos controladores devem garantir que todas as informações, independente de ideologia, devem ter os mesmos direitos quanto a divulgação e permanência na rede. Não suficiente, é necessária a existência de mecanismos internacionais de cooperação entre países que garantam a punição para aqueles que publicarem e fomentarem a criação de movimentos racistas, segregacionistas ou nazi-facistas.