O ciberativismo é um termo novo que explicita a utilização da internet por grupos politicamente motivados que buscam difundir informações e reivindicações com o objetivo de buscar apoio, debater e trocar informação, organizar e mobilizar indivíduos para ações, dentro e fora da rede. Por esse prisma, todos podem ser atores (vilões ou mocinhos) de uma causa. No Irã, por exemplo, em 2009, o Twitter se mostrou de muita utilidade, após a reeleição suspeita de fraude do então presidente Mahmoud Ahmadinejad, que gerou protestos e confrontos com a polícia iraniana. Com comícios proibidos, a comunicação cortada, a imprensa local camuflando o ocorrido e jornalistas estrangeiros proibidos de ficarem no país, os iranianos utilizaram o Twitter e o YouTube para mostrar ao mundo o que realmente estava acontecendo, ou seja, as mídias sociais serviram como um" periscópio do mundo no oceano do social" Entretanto, há possibilidades de malefícios no ativismo na internet quando ideologia se mistura a radicalismo. Exemplo disso foi o cenário eleitoral presidencial brasileiro em 2014 no qual os lados antagônicos da disputa eleitoral,ao invés de debaterem democraticamente, insultaram uns aos outros referendando a opinião do escritor Umberto Eco, que disse que as redes sociais deram voz a uma "legião de imbecis". Fica evidente,portanto,a necessidade de aprendermos a utilizar melhor a mídia tanto para obtenção de informações quanto para os relacionamentos com os outros.Campanhas que visem conscientizar a população acerca dos benefícios e malefícios dos usos das mídias podem ser incentivadas e promovidas pelos principais veículos de informação.Escolas podem incluir na matriz curricular de seus alunos aulas direcionadas às tecnologias da comunicação,suas potencialidades e os cuidados ao utilizá-las.Dessa maneira,poderemos desconstruir a cultura de criticar exageradamente tudo o que é noticiado e ainda formar cidadãos cientes de seu papel na construção de uma sociedade na qual a temperança é ferramenta chave para o respeito aos demais