O enorme avanço tecnológico, a partir do final do século XX, causou mudanças significativas na disseminação da informação e acesso à esta, pois a comunicação entre as diversas partes do mundo passou a ser praticamente instantânea com o desenvolvimento da internet e das redes sociais. Dessa forma, os reflexos dessas rápidas mudanças repercutem nos âmbitos cultural, social e político da humanidade, tanto de forma negativa quanto positiva. Em primeiro lugar, as redes sociais proporcionaram uma nova forma de ativismo social extremamente eficiente e rápido, que é denominado de ciberativismo - reivindicações sociais por meio da internet -, pois, segundo o escritor Paulo Freire: "a liberdade é uma conquista, e não uma doação". Prova disso foram os protestos ocorridos tanto na Primavera Árabe, em 2010, quanto no Brasil, a partir de 2013, pois ambos tiveram gênese nas redes sociais. Por outro lado, torna-se muito comum, em uma sociedade coda vez mais conectada à rede, os crimes praticados na internet por hackers. Nessa perspectiva, muitas pessoas, principalmente famosas, têm suas contas em redes sociais roubadas, com consequente exposição de informações pessoais ao público geral. Ademais, a espionagem promovida pelo governo norte americano aos diversos países do mundo, como Brasil e Coreia do Norte, demonstra a vulnerabilidade a qual as pessoas estão expostas. Fica claro que houve aumento da interação social, somado à intensificação das reivindicações por meio das redes sociais, ao mesmo tempo em que houve o desenvolvimento dos cibercrimes. Dessa maneira, cabe ao governo um maior investimento nas escolas, como forma de educar as pessoas quanto a utilização correta e segura das redes sociais. Além disso, cabe à Organização das Nações Unidas atuar diplomaticamente na resolução de divergências motivadas pela espionagem entre países; bem como a punição pela OMC (Organização Mundial do Comércio), por meio de retaliações comerciais, aos países que pratiquem tal crime.