Título da redação:

Ativista cria um evento no Facebook.

Tema de redação: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 14/09/2015

"A nova interdependência eletrônica recria o mundo em uma imagem de aldeia global", disse Marshall McLuhan acreditando nas transformações sociais provocadas pelo avanço dos meios de comunicação, vislumbrando a internet como ferramenta para tal processo, trinta anos antes de ser inventada. A perspectiva do educador tomou proporções além do campo virtual, em que as redes sociais se tornaram a via de transformação da cidadania e da democracia, embora se tenha a necessidade do aperfeiçoamento da mobilização. É fundamental destacar que o ativismo na rede possibilita criar movimentos em prol de uma causa, mas também pode estar ligado a um engajamento parcial. Como observa Habermas, o agir comunicativo exige a instrumentalização efetiva do cidadão. Logo, demonstrar compromisso com um certo fundamento, como curtir fotos de crianças em situações de risco, não vai fazer muita diferença na vida delas. Tal comportamento é denominado "slacktivism", a arte de tentar mudar o mundo sem sair do sofá. Convém apontar, que apesar do "slacktivism" ser uma conduta, na qual deve ser atenuada, os reais defensores de causas precisam tanto daqueles que fazem quanto daqueles que falam. Talvez a importância de um ou de outro sejam realmente distintas, mas a promoção das causas pode contribuir para o conhecimento delas e para a pressão sob o poder público. Prova disso é a dimensão assumida pela Primavera Árabe e o despertar da população brasileira a favor de mudanças sociopolíticas, em 2014, pela a excitação do vídeo de Carla Dauden - não, eu não vou à copa. Fica claro, portanto, que as redes sociais aumentam a autonomia do cidadão, cabendo algumas medidas para melhorar a mobilização de um objetivo, tornando-a mais estratégica. Para tanto, as Ongs, como principal instituição de levantes sociais, devem incentivar a disposição ativa dos indivíduos no processo, podendo filiar-se às mídias, que através de propagandas poderá demonstrar que as conquistas se concretizam quando divulgamos e participamos da causa. Além disso, as próprias escolas podem fornecer a importância do exercícios da cidadania por meio de aulas, fazendo com que os jovens cresçam com o sabor da Democracia. Talvez, com essas medidas o movimento "vem pra rua" do Facebook se torne em um evento de presença confirmada por todos.