O ciberativismo é uma nova forma de ativismo que utiliza meios eletrônicos para suas práticas. Essa nova configuração social é uma reflexo da evolução comunicativo que está ocorrendo no século XXI. No entanto, não são todos os manifestos via internet que são colocados em prática e por vez a manifestação não passa de apenas uma postagem diária de internautas que, por modismo, buscam visualizações. Em uma primeira análise, é importante observar que há organizações não governamentais (ONG) e sites de petições que realmente conseguem mobilizar e realizar grandes movimentos e práticas ativistas concretas como, por exemplo, Greenpeace, WWF e Avazz. Entretanto, esse novo tipo de manifestação pode levar ao internauta ser apenas um opinante no processo e não um produtor dele, haja vista que há muitas pessoas, nas redes sociais, que assumem posições apenas para obter uma sensação de licença moral, mas na verdade não participam diretamente da causa proposta. Em uma segunda análise, é notório perceber que há, em alguns movimentos, uma grade fragmentação e distorção de objetivos, devido à inconsistência do proposito do ativismo. Paulo Freire disse que, ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão. Essa reflexão é facilmente elucidada com o exemplo dos protestos de junho de 2013 aqui no Brasil, que tinha como objetivo maior a busca por uma reforma politica, para atenuar os vários casos de corrupção existente no nosso regime político, mas perdeu força, rapidamente, por não ter muitos ativistas presentes diretamente na causa. Fica nítido, portanto, que o ciberativismo não é uma solução ou substituição para que os cidadãos se mobilizem, ele serve apenas como um dos meios que por vezes não funciona na sua totalidade. Dessa forma, para atenuar esse problema a sociedade civil junto com ONG deve de início conscientizar seus ativistas mostrando um objetivo concreto e planejar metas e compromissos para realizarem atos em ambientes físicos e virtuais, a fim de buscar a totalidade do ativismo.