Título da redação:

Ativismo “online” e suas ações “offline”.

Tema de redação: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 20/09/2015

Diferentemente da Primavera dos Povos em 1848, na qual as armas de combate e de propagação eram a pólvora e as barricadas, a Primavera Árabe do seculo XXI usufruiu das redes sociais para tais feitos. Em quase dois seculos, a Revolução Técnico-Científica alcançou nível mundial possibilitando contatos e relacionamentos entre os usuários e suas causas sociais.Dessa forma as redes digitais tornaram-se armas políticas contemporâneas de mobilização social e também um meio de comoção noticiaria, o que resultou em um ativismo social “online”. As repercussões sociais causadas por essas mobilizações são diversas, porém o discurso baseado em ódio e em pré-conceitos estão longe de ser benéficos para a sociedade e devem ser evitados. Primeiramente, o ativismo social contemporâneo caracteriza-se por propagar-se e ocorrer nas redes sociais. Devido a globalização e a circulação momentânea de notícias internacionais, a internet é imediatista e disponível a qualquer momento. Portanto é o local ideal para a reunião de ambientalistas, revolucionários, manifestantes, humanitários... que buscam novos integrantes, defendem suas causas e estão sempre atualizados. Essas discussões em redes como o Facebook, o Twitter, My Space... acabam por repercutir-se no mundo “offline” através de mobilizações sociais em prol de mudanças, tal como ocorreu na Primavera Árabe e nas Manifestações de Junho do ano passado no Brasil. Entretanto, paralelamente aos benefícios das redes sociais tem-se a mobilização e a repercussão de discursos de ódio fundamentados em pré-conceitos. Exemplificando, em virtude da crise imigratória mundial, seja no Brasil ou na Europa, despertou-se casos de xenofobia, esta compartilhada entre seus adeptos e organizada em protestos contra a vinda de imigrantes. Como no caso do Programa Mais Médicos do Governo Federal e o desconhecimento de seus benefícios em prol de uma sociedade igualitária. Além destes, as páginas das redes são alvos de discursos homofóbicos, machistas, meritocráticos... que contribuem para uma disseminação de um ativismo que não é bem vindo socialmente. Portanto, as redes sociais são importantes para a disseminação de um ativismo social democrático e em prol da igualdade, seja no âmbito econômico, político, social e cultural. Porém para reduzir a propagação de correntes preconceituosas é necessário investir em conhecimento. Para isso o Governo Federal poderia estimular a reflexão da população através de um meio de circulação gratuita de fatos da atualidade, de forma imparcial e nacional, como revistas, jornais, panfletos, sites... Assim como diversificar a mídia brasileira através de uma mobilização social, a fim de reduzir a monopolização de empresas midiáticas que dificultam um pensamento mais abrangente da sociedade. Desta forma, os internautas baseariam-se em fatos e em dados reais e convictos imparciais para decidirem seus posicionamentos perante os problemas mundiais e nacionais de forma justa e irrestrita, tanto dentro ou fora das redes sociais.