Vive-se, hoje, a era da informação. Onde as fronteiras desaparecem e as distâncias se encurtam. Nesse era, o mundo vem acompanhando a ascensão das redes sociais e das mídias alternativas. Hoje, a tecnologia faz parte da maioria das relações interpessoais na sociedade, e com o ativismo não é diferente. O ciberativismo (ativismo através da internet) vem ganhando espaço nos âmbitos sociais, políticos e culturais. O ativismo pode ser entendido como militância ou ação contínua visando mudanças politicas ou sociais, privilegiando a ação direta, através de meios pacíficos ou não. Não é possível falar do ativismo nos dias atuais sem atrelá-lo à tecnologia, a década de 2010 pode comprovar isso: usando plataformas como Twitter e Facebook, árabes se organizaram e promoveram a Primavera Árabe, uma onda de protestos que eclodiu pela crise econômica e falta de democracia. Já no Brasil, em 2013, a internet se mostrou fundamental na organização dos protestos que levaram milhões de brasileiros às ruas, clamando por mudanças politicas e sociais. Sem os recursos tecnológicos, as reinvindicações não tomariam a proporção que tomaram. Estes exemplos mostram a importância da tecnologia no ato de exercer a cidadania e pedir por mudanças em um lugar que todas as pessoas podem, de fato, serem ouvidas. E cada vez mais, com o Estado dando a devida importância para as mídias sociais, a distância entre governo e sociedade vai diminuir. E a voz popular será ouvida. Para garantir esse processo de comunicação entre os governantes e os cidadãos, pode-se incentivar a criação de mídias alternativas (como a Mídia Ninja) e a participação absoluta dos políticos nas redes sociais. Além disso, projetos como o Humaniza Redes, que é um programa para garantir os direitos humanos nas redes sociais, se fazem necessários para ampliar a cidadania no espaço cibernético e consequentemente no espaço físico.