Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. A expressão utilizada por Lavoisier para explicar o princípio de formação da matéria, aplica-se perfeitamente aos avanços tecnológicos presentes no século XXI. Com o advento da internet, as redes sociais ganharam espaço nos meios de comunicação, promovendo o poder de participação das massas em campanhas ativistas. No entanto, a postura adotada no mundo virtual nem sempre é refletida na realidade. Em primeiro lugar, é válido ressaltar que a atual geração z, pode muitas vezes criar um engajamento medíocre. No qual devido à acessibilidade, os indivíduos criam perfis de apoio a suas respectivas causas, mas não se fazem presentes em manifestações públicas. Fato esse, ressaltado pelo filósofo Jean Jaques Rousseau quando afirmou que os indivíduos precisam abandonar suas liberdades naturais e criarem um contrato social que ordene o Estado e beneficie a todos, igualitariamente. Por outro lado, a internet é um mecanismo muito eficaz para movimentação de massas, haja vista que, diante de um mundo globalizado e interligado, ela pode ser bastante útil para consolidação de causas particulares, atribuindo-as contorno mundial e consequentemente impulsionando a solução de propostas. A Primavera Árabe, por exemplo, fez uso de mídias sociais como o Facebook, Twitter e YouTube, para comunicar e sensibilizar a população e o mundo sobre as repressões sofridas por parte do Estado. Fica claro, portanto, que explanação dos problemas sociais através da internet é fundamental para que o povo participe ativamente das decisões politicas. Para incentiva-lo, a escola como instituição socializadora, deve incentivar o uso de redes sociais para fins reivindicativos e também mostrar a importância de comparecer pessoalmente em movimentos sociais. O governo deve atuar estabelecendo regras para que as contestações não firam os direitos humanos. Por fim, a família, deve contribuir ensinando a importância da honestidade e do senso crítico, no desenvolvimento do eu, e contemplação do coletivo.