Decerto que com o advento da 3ª Revolução Industrial, novos meios de comunicação e sociabilização emergiram. A Ágora - praça - em Atenas, era um local onde a sociedade se reunia para manifestar suas opiniões. Milênios se passaram, e esta definição ainda se faz presente, de maneira que, as redes sociais - ágora contemporânea - tornou-se um instrumento ativista. Seja por meio da divulgação de causas, à organização de mobilizações. O Zapatismo mexicano, ocorrido em 1994, foi o primeiro caso de mobilização com significativa utilização da internet. Simultaneamente, novas mobilizações foram surgindo, como a Primavera Árabe e as recentes manifestações que ocorreram no Brasil. Apesar de distintos, estes movimentos demonstraram em comum, não somente a mobilização que emanou-se das massas, como também, a buscas das mesmas, pela exerção da democracia plena. No entanto, apesar de movimentos plausíveis de uma parcela da população, há ainda indivíduos comodistas que constroem uma falsa imagem de engajamento sem fazer muito esforço. Onde a sensação de dever cumprido, lhes é gerado apenas por "curtir" a publicação. Toma-se como exemplo os “ativistas” virtuais, que por vezes são incapazes de transpor o mesmo para a realidade. Em consequência, continuam-se passando indiferentes a cenas reais de pobreza. Assim como ocorreu na 1ª Geração Romântica, na qual houve uma criação idealizada de uma imagem heroica com a pátria, o real versus o virtual, atualmente, é posto em xeque. As redes sociais, trazem consigo um novo jeito de lidar com o mundo. Fica claro, portanto, que a sociedade como um todo, passe a abrir mão do engajamento parcial e medíocre, de que muitas vezes esta faz uso, para que passem a ser mais ativas. Pois como lembra a Unicef, curtir uma foto de crianças em situação de risco, não vai comprar vacinas nem fazer qualquer diferença na vida delas. O apoio da Geração Y juntamente com a mídia, se faz fundamental neste processo de desconstrução comodista da sociedade tupiniquim. Pois como dizia Oscar Wild, " para um homem ou para uma nação, o descontentamento é o primeiro passo para o progresso."