Com todo o aparato de manifestações ocorrendo na contemporaneidade brasileira, a internet alcançou um grande protagonismo na idealização e repercussão desses movimentos. É preciso salientar, contudo, que isso se deve a uma mudança de panorama social e cultural, levando a modificações na utilização desses meios “online”, como as redes sociais. De inicio é interessante entender toda a atual conjuntura política do país, onde as insatisfações populares, causadas, principalmente, por uma recessão econômica e novas descobertas de corrupção, levaram milhares de pessoas às ruas em protestos. Tal fato obteve êxito, pois houve toda uma mobilização nas redes sociais, esta por sua vez, promovendo: encontros, debates e compartilhamento de campanhas. No entanto, observa-se que esta característica não é exclusiva apenas aos protestos no Brasil, pois também é bastante utilizada, apesar de forte censura, nos conflitos contra governos ditatoriais, na conhecida Primavera Árabe. É necessário analisar, por outro lado, que quando o assunto envolve o viés “Cibernético”, se cria uma dicotomia, onde, criminosos se utilizam dos protestos para legitimar seus crimes. Reintera-se isso, a partir de vândalos, que depredam tudo o que vêem pela frente e dos “Crackers”, especialistas do mundo virtual que usam seus conhecimentos para invadir sites ou contas pessoais. Prova disso foi o ataque, durante as manifestações, a órgãos públicos como o serviço virtual da Polícia Militar. Assim, a heurística que otimizaria esse quadro provem de fatores políticos como a ampliação do Marco Civil da Internet, em que tais crimes seriam investigados e punidos com leis especificas. Assim, retirando do mundo virtual a sensação de “terra sem lei”. Como também a criação de uma polícia especializada que iria conter arruaceiros e com isso, proporcionaria uma maior e verdadeira legitimidade a essas revoluções, que nasceram e continuarão a ganhar força no mundo virtual.