Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O acesso à produção cultural em questão no Brasil

Redação enviada em 11/07/2017

Segundo a Constituição Federal, o acesso à cultura, seja esse por meio de peças teatrais, filmes, arte ou música, deve ser um direito garantido a toda a população. Entretanto, de acordo com o IBGE, 92% dos brasileiros nunca foram a museus ou exposições artísticas. Dessa forma, torna-se evidente a existência de empecilhos para o alcance do povo aos serviços culturais oferecidos, sendo esses: a distância das regiões periféricas para os locais e o alto custo para a entradas nesses. Nessa realidade, a cultura brasileira deixa de ser uma ferramenta de avanço social para se funcionar como diferenciador de suas classes. A favelização urbana, fenômeno no qual ocorre a mudança da população mais pobre para as regiões periféricas da cidade, distancia os seus moradores das regiões centrais, onde ficam localizados os principais serviços culturais. Não sendo um fenômeno atual, ele iniciou-se com os escravos alforriados que não tinham condições de morar nos centros urbanos, as regiões mais caras, e se popularizou no século vinte com o massivo êxodo rural. Assim, os moradores periféricos encontram grandes distâncias para chegar ao centro, logo, não têm acesso a cultura que a cidade pode lhes oferecer. Para agravar nossa atual realidade, outro problema que também dificulta o acesso à cultura no Brasil é o alto custo para a entrada nos centros culturais. Dessa forma, mesmo tendo o alcance do local, a população não se adentra para usufruir do que é oferecido como consequência dos valores exorbitantes dos ingressos. De acordo com o IBGE, 71% dos brasileiros consideram os montantes elevados o maior empecilho para o alcance cultural. Nesse contexto, os serviços culturais tornam-se, novamente, restritos àqueles que possam arcar com os seus custos, separando grande parte da população que não consegue investir nesses valores. Em verdade, nos Brasil atual, a cultura que nos é oferecida não trabalha para todos e sim para uma minoria que consegue alcançá-la e pagá-la. Desse modo, para alternar essa realidade, o governo poderia construir, nas regiões suburbanas, centros que ofereçam apresentações e exposições artísticas para os moradores dessas regiões. Também, o Ministério da Cultura poderia aumentar os incentivos aos centros culturais, que necessitariam menos do valor arrecadado dos ingressos e, como consequência, diminuindo o valor desses.