Conforme o pensamento Marxiano, a história da humanidade se resume à luta de classes, em que sempre há uma inferiorizada que não compartilha dos mesmos recursos que a outra. O acesso a cultura nas periferias brasileiras quase não acontece, os centros urbanos abrigam grande parte dos espaços culturais e com a ideia de indústria cultural, os preços são elevados e acabem sendo restritos à uma pequena parte da sociedade. A urbanização no Brasil, aconteceu de forma rápida, desorganizada e muito concentrada. Onde, os centros encarecem e passam a abrigar grande parte dos cinemas, teatros, museus e bibliotecas, assim gerando o processo de periferização da população pobre que passa a morar em volta do centro e ter que depender dele para ter acesso à produção cultural. Sendo a distância e o poder aquisitivo as principais dificuldades encontradas pela população pobre. Marx, dizia que a economia era a base da sociedade, nesse sentido o lucro sempre é priorizado. Assim, a produção artística vira produto, podendo confirmar o que a Escola de Frankful dizia sobre a indústria cultural, que tem o objetivo de produzir fins lucrativos através da cultura. Desse modo, a cultura acaba sendo delimitada somente somente à parte rica da sociedade. Tendo como ponto de vista que, cada indivíduo vê o mundo a partir do meio que ele está inserido, é necessário aglomerar todos e democratizar a cultura. A lei de Incentivo a Cultura, estabelece que o governo federal deve disponibilizar recursos para a realização de projetos artístico-culturais, logo a mobilização da sociedade deve acontecer e assim cobrar os investimentos, que devem ser destinados à construção de espaços culturais nas periferias e para levar escolas e ong's para eventos. O governo deve trabalhar com produtoras e gerar desconto nos impostos para aquelas que cobrem preço popular. Para que assim, todos tenham acesso à produção cultural.