No território brasileiro, entre os séculos XVI até os dias hodiernos, ocorre um grande embate artístico, de um lado, influencias europeias, desde a contrarreforma com a catequização dos índios, de outro, uma luta de resistência dos escravos e indígenas, demonstrando resistência por meio da cultura. Assim, o acesso à produção cultural no Brasil, desde o período colonial sofre com caráter elitista e dominante, criando um cenário desafiador a ser combatido pelas minorias. Em primeiro plano, o acontecimento recente que impõe e demonstra limites à representação cultural aconteceu em São Paulo, após determinação do prefeito João Dória de apagar grafites e pichações que denunciam o descaso da administração pública com segmentos essenciais à sociedade. Dessa maneira, além de privar o indivíduo ao direito assegurado na Carta Magna do país, de liberdade de expressão, também restringe oposição a um governo cinza. Sob essa conjuntura, segundo Louis Althusser, filósofo francês do século XX, os aparelhos ideológicos estatais são repressivos, promovendo a manutenção do poder em minorias poderosas. Logo, de maneira análoga, como a produção de cultura estava ampliando o pensamento popular, foi proibida de ser exposta a todos. Segundo a UNESCO, a maioria dos brasileiros nunca frequentou teatros, espaços culturais e recintos onde há demonstração de diversidade cultural. Depreende-se, portanto, a importância do acesso à produção cultural ser ecumênica e que são necessárias mudanças imediatas. A fim de ampliar a aproximação entre comunidades e a síntese artística, o Governo Federal deve criar programas que facilitem a entrada aos cinemas, teatros, espetáculos em geral por meio de boas ações, como o recebimento de ingressos após se voluntariar em um asilo. Ademais, grafites e manifestações culturais devem ser incentivadas e defendidas por meio do Ministério da Cultura, por ter caráter de manifestação popular.