Pelo fim da exclusão Segundo Durkheim, a sociedade é como um corpo biológico, composta por diferentes partes, cada qual com sua função específica, mas dependentes entre si. Dessa forma, para que esse organismo seja equânime, é preciso que todos os cidadãos tenham seus direitos garantidos. Entretanto, nota-se que, no Brasil, isso não ocorre, pois, ainda hodiernamente, o acesso à produção cultural é desigual, seja pela imposição de uma condição social hierárquica, seja pela negligência do Estado. É inquestionável o valor que a produção cultural representa para sua sociedade. No entanto, observa-se que a questão constitui-se preocupante, haja vista que, embora denote grande relevância, o acesso à cultura brasileira mostra-se aristocrático, impossibilitando a obtenção por indivíduos de classe baixa devido ao elevado preço dos livros e ingressos de cinema, teatro e exposições diversas. Desse modo, evidencia-se a importância da regulamentação como forma de combate a esse cenário excludente. Ademais, é importante pontuar que o descaso do Governo possibilita a existência desse quadro. Segundo Platão, para que seja alcançada uma sociedade realmente democrática, a comunidade política deve estar assentada na justiça. Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que o acesso aos meios culturais rompe com essa harmonia, visto que a maioria dos municípios brasileiros não possui e espaços culturais, como salas de teatro, cinema e museus. Torna-se evidente, portanto, a necessidade da adoção de medidas capazes de assegurar a resolução do impasse. Sendo assim, o Governo Federal, em parceria com as esferas estaduais e municipais do poder, deve instituir políticas de incentivo ao acesso cultural, implantando teatros, cinemas e bibliotecas públicas. Além disso, o Ministério da Cultura, junto ao terceiro setor, deve organizar o conteúdo cultural que será viabilizado de acordo com as idades dos indivíduos e do meio ao qual estão inseridos para que, assim, o interesse seja promovido com maior facilidade.