Título da redação:

Pão e circo privatizado.

Tema de redação: O acesso à produção cultural em questão no Brasil

Redação enviada em 07/08/2017

A “política de pão e circo”, criada pelos líderes romanos, foi uma maneira de oferecer lazer e cultura para a população com a intenção que essa permanecesse fiel e temente aos grandes. No entanto, no século XXI, o acesso à cultura, no Brasil, não é facilitado, uma vez que o valor para obtê-la é alto, o que não condiz com a realidade dos trabalhadores brasileiros. Sabe-se que o direito ao acesso à cultura é garantido pela Constituição, no entanto, sua aplicabilidade no cotidiano é inconsistente. Devido aos altos valores de ingressos e livros, por exemplo, é que sua aquisição é vista como um gasto extra e não se enquadra no orçamento de famílias de classe média e baixa, que são a maioria no país, fato que se comprova por pesquisas que apontam como 40% o número de analfabetos funcionais nessas classificações. Em decorrência disso é que a pirataria conquista seu espaço, favorecendo os trabalhadores, porém, sendo prejudicial aos artistas da indústria cultural. Esses, segundo a UNESCO, não possuem carteira assinada, logo, seus direitos são omitidos, o que contribui gradativamente para a falência do sistema cultural. Além disso, os artistas dessa indústria não possuem patrocínio do governo e consequentemente não podem oferecer peças abertas ao público, que muitas vezes o filmam e disponibilizam na internet, contribuindo assim para o aumento da pirataria. Como consequência, plataformas online de filmes e séries são difundidas, como a “Netflix”, no entanto, grande parte da população não tem acesso à internet, somando mais uma barreira imposta pelo governo. Fica evidente, portanto, que a indústria cultual é decadente no Brasil, por isso é necessário que o Ministério da Cultura em parceria com empresas privadas ofereçam feiras do livro em escolas e regiões onde se concentra a população de baixa renda, além de shows gratuitos em praças municipais, favorecendo o turismo, logo, arrecadando dinheiro para a indústria cultural progredir, implantando em curto prazo. Além disso, o Vale-cultura, criado pelo governo, deve ser reformulado, por meio de um saldo maior para trabalhadores de baixa renda, que leva em consideração o número de pessoas que constitui sua família, implantando em curto prazo.