Na Idade Média, a manifestação artística e cultural era dominada pela Igreja Católica, o que motivou os pensadores e artistas posteriores a denomina-la de Idade das Trevas. Esse episódio, evidencia a importância da cultura na identificação e construção de um povo. Entretanto, no séc. XXI, a democratização da cultura não é uma realidade no Brasil. Resultado de desigualdades nos mecanismos de acesso aos saberes e o preconceito velado com as raízes da cultura nacional. A principio, é valido ressaltar que não é todo brasileiro que possui a disposição mecanismos que concedem o acesso a produção artística da nação. Assim, embora o governo tenha disponibilizado um acervo virtual da literatura nacional, poucos tem acesso, já que grande parcela da população não possui internet em suas residências. Em conformidade, é notório que museus, livrarias, teatros estão presentes em maior quantidade nos grandes centros urbanos, e com elevados valores de ingresso. Assim, apenas uma pequena parcela populacional tem poder aquisitivo para garantir a entrada nesses meios. Portanto, é evidente que o património cultural brasileiro fica restrito a certos locais e determinadas pessoas, nesse caso a elite na sociedade. Outrossim, segundo pensador Confúcio, a cultura esta acima da diferença da condição social. No entanto, há desigualdades na exposição dos elementos artísticos no Brasil, as quais desrespeitam o direito de todos obterem conhecimento sobre cultura nacional. Sem duvida, em virtude da predominância católica, observa-se que grande parte dos valores e saberes afro-brasileiros são marginalizados socialmente, inclusive nas instituições educacionais . Visto que, nas escolas festividades como Iemanjá, não recebem tanto destaque quanto a Festa Junina (Folia de São João), e religiões ligadas ao candomblé são taxadas como algo ligado ao mal. Dessa maneira, devido ao preconceito, o ensino sobre a cultura afro-brasileira é prejudicado, e assim predominam apenas nas camadas sociais em que há a maior presença de negros, logo as classe mais baixas. Fica claro, dessa forma, que o Brasil precisa de meios para efetuar a democratização da cultura nacional. Nesse sentido, é imperioso que as prefeituras em parceria com os estabelecimentos de cultura locais, subsidie feiras de conhecimento e ingressos mais viáveis aos cidadãos. Cabe também, as prefeituras dispor nas escolas publicas computadores e internet que proporcione aos estudantes recursos para conhecerem a valores nacionais. Além disso, o Ministério da Educação deve estabelecer dentro das escolas (através de aulas e festividades) e a valorização dos costumes afro-brasileiros. Desse modo, todos os cidadãos terão acesso a cultural nacional e de uma forma homogênea conhecerão os diversos saberes do povo brasileiro.