Os obstáculos para promoção da cultura no Brasil ainda são ínfimos, como o auto custo de livros, acesso à internet, à arte e ao cinema. Isso mostra que as manifestações culturais estão restritas à pequena parte privilegiada financeiramente no Brasil. Desde o período colonial que a elite impõe seus costumes aos índios e aos escravos africanos desconsiderando sua relevância na população. O processo de aculturação dos nativos e dos negros deixou consequências latentes que perduram até hoje, como o racismo e o julgamento de que esses povos são inferiores, tornando-os marginalizados da sociedade. Dessa forma, a maioria dessas pessoas com baixa renda, além de serem excluídas socialmente, tem dificuldade de ir ao teatro porque são localizados nos centros da cidade, não tem dinheiro para o cinema e ainda sofrem com os déficits na educação, dificultando o incentivo à leitura. Além do mais, convém acrescentar que são poucas as pessoas que entendem a importância das atividades supracitadas para formação do cidadão e a construção de uma visão crítica da sociedade. Um exemplo de interagir e agregar conhecimentos diversos é o Festival de Literatura Internacional em Paraty (FLIP) que esse ano de 2017 o evento foi mais diversificado com aumento de pessoas negras e mulheres, nele são apresentadas palestras e discussões sobre o contexto social. No entanto, esse evento é pouco divulgado e acessado por estudantes e a população de baixa renda. É necessário, portanto, incentivar o alcance à livros, internet, peças teatrais e outros entretenimentos na Educação para construção do ser humano. Para isso, o Governo Federal por meio do Ministério da Educação e da Cultura deve oferecer oficinas de leituras nas escolas públicas e nas comunidades. Além disso, intensificar o acesso à internet, principalmente nas escolas, e criar um site para acompanhar eventos como o FLIP.