O forró do Nordeste, o fandango do Sul, a literatura que se transforma em filmes e peças teatrais. Esse é o Brasil, cujas manifestações culturais são diversificadas e preponderantes para a identidade e desenvolvimento de uma sociedade. Porém, o percentual de brasileiros que têm acesso a esse benefício ainda é muito baixo. Nesse viés, percebe-se a necessidade de incentivar e democratizar as produções artísticas no país. Segundo a escritora Simone de Beauvoir: “É na arte que o homem de ultrapassa definitivamente.” Com isso, depreende-se que a cultura promove o desenvolvimento e é primordial que seja estimulada nas crianças e nas camadas mais pobres da sociedade. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, mais da metade dos municípios brasileiros não dispõem de livrarias, rádios, cinemas ou teatros. Os dados mostram que o acesso é restrito e pouco acessível à população de baixa renda. Por outro lado, a Constituição diz que o Estado deve garantir e incentivar práticas culturais. Nesse contexto, o Ministério da Cultura criou o vale-cultura, com o intuito de oferecer oportunidades aos trabalhadores que recebem até 5 salários mínimos, ao acompanhar apresentações artísticas e na compra de livros. No entanto, essa medida por si só não é suficiente, pois deve haver dinamização do patrimônio imaterial entre as regiões, para que a cultura não seja generalizada e perca os valores intrínsecos de cada local. Portanto, é preciso que além de subsidiar os cidadãos, o Ministério da Cultura realize propagandas midiáticas na internet e na televisão, a fim de divulgar a arte como meio de educação. Ademais, as prefeituras municipais devem disponibilizar bibliotecas públicas, apoiar e expandir projetos sociais de dança e teatro nos bairros mais carentes, com o intuito de incentivar a população a participar e democratizar a arte brasileira e regional.