As práticas culturais de um povo estão intimamente ligadas à afirmação de sua identidade, bem como à preservação de seu arcabouço histórico e social. Diante dessas condições, é de suma importância preservar, expandir e dar acesso à produção cultural. Fato não observado nos dias de hoje por dois principais motivos: O pífio investimento do poder público na criação de espaços culturais e a pouca inserção do conhecimento cultural nos currículos e agentes escolares. O pouco incentivo à formação cultural por parte do poder público consubstanciado na baixa rotatividade do acervo bibliográfico das bibliotecas públicas, na má conservação dos prédios históricos, na ausência de investimento para conservação de centros culturais e promoção de eventos e na atuação para diminuir os impostos sobre livros faz com que esta, que deveria estar ao alcance de todos, seja privilégio de poucos. Tal disparidade causa o empobrecimento cultural dos indivíduos, e consequentemente contribui para criar uma mantra de desinteresse na sociedade, que fica sujeita a entretenimentos de baixo teor cultural. É relevante também citar que o currículo escolar oferece poucas oportunidades de seus alunos engajaram-se em atividades culturais, e mesmo após uma lei criada em meados de 2016 ter tornado obrigatório o ensino de artes visuais, plásticas e dança no ensino básico, é visível o descumprimento e o descompromisso das escolas em cumprir com esse propósito, ou até mesmo evidar os esforços necessários para que a realização dessas atividades não seja uma mera formalidade na grade estudantil. Assim sendo, o acesso à produção cultural fica comprometido, dentro e fora da sala de aula. Diante dos fatos supracitados, é preciso tratar tal problemática com seriedade. Primeiramente, para mobilizar e incentivar a sociedade civil a interessar-se e engajar-se culturalmente, é necessário que o Ministério da Cultura aumente o investimento tanto na estrutura das bibliotecas e centros culturais, como também na reformulação do acervo bibliográfico, devendo também promover com mais frequência eventos culturais. O Governo Federal deve reduzir o imposto sobre os livros de qualquer espécie, e por meio do Ministério da Educação, incluir materiais didáticos que contribuam para a formação cultural do indivíduo e destinar recurso para que as escolas consigam realizar disciplinas culturais de maneira contundente e comprometida.