A dificuldade de acesso à cultura no Brasil é preocupante para o futuro do país. Consequência da desigualdade social, uma parcela considerável de brasileiros não frequenta cinemas, teatros, museus, espetáculos de dança e afins. Nesse sentido, medidas devem ser tomadas a fim de democratizar tais atividades culturais. A falta de bibliotecas e salas de cinema, o alto custo dos ingressos de teatro e o desinteresse da população brasileira são alguns dos motivos que impedem os brasileiros a usufruírem de entretenimento de qualidade. Essas causas possuem as seguintes explicações: os baixos investimentos dos governos, bem como o desvio dessas verbas por políticos corruptos, corrobora para o desfalque de infraestrutura ligada a eventos culturais em vários municípios; o baixo poder aquisitivo como fator limitante para consumir cultura e a falta de incentivo das famílias, escolas e a educação precária contribuem para a falta de interesse em ler livros, assistir a concertos, apreciar uma obra de arte, etc. Outro fator relevante nesse cenário são os empecilhos à democratização da cultura, impedindo que as classes de baixa renda consigam desfrutar de tais atividades. "O acesso a cultura está ligado ao poder", já dizia o dramaturgo Bertolt Brecht. Nessa perspectiva, não há vontade política para disponibilizá-la aos brasileiros porque a cultura ensina a pensar, pois tem o poder de transformar o ser humano em um cidadão participativo, crítico e consciente. Há, portanto, vários desafios a serem transpostos e superados para facilitar o acesso à cultura. ONG's poderiam promover saraus literários e teatros de rua; o Ministério da Cultura poderia oferecer sessões gratuitas de eventos culturais ou a preços populares e a mídia teria o papel de divulgar essas informações ao público. Dessa forma, o despertar do pensamento crítico e o direito ao lazer contemplaria a todos.