O Brasil é um país bastante diversificado quanto à sua produção cultural. Isso acontece em decorrência da pluralidade de um povo que é resultado da miscigenação de europeus, africanos, asiáticos e americanos. Entretanto, apesar de um imenso volume de artigos culturais, produzidos diariamente em diversas áreas do país, apenas uma pequena parcela da população possui fácil acesso ao que é produzido. Mas, como garantir a acessibilidade à cultura em uma nação na qual a desigualdade social dificulta isto? Apesar de ser um país rico em produção cultural, o Brasil enfrenta a dificuldade de concentração dessa produção. Ou seja, grande parte do que é produzido em teatros, cinema e música é inacessível financeiramente às classes vulneráveis economicamente. A exemplo disso, pode-se citar os ingressos de espetáculos teatrais e musicais que possuem preços elevados. Embora existam algumas iniciativas como o "Vale Cultura", que oferece descontos em ingressos, grande parte da população não está ciente desse benefício. Assim, a falta de informação dificulta o acesso aos espetáculos. Além disso, as informações disponibilizadas em livros e na internet também estão acessíveis apenas a algumas classes sociais. Os livros são considerados caros e o acesso à internet através de aparelhos eletrônicos também pode se tornar inviável em virtude do alto preço desses aparelhos. Infelizmente, a escassez de bibliotecas e espaços públicos destinados à leitura e uso da internet gratuita é um fator que também dificulta a difusão do conhecimento e cultura. Portanto, é preciso oferecer acessibilidade às classes menos favorecidas economicamente. As companhias de teatro e organizadoras de musicais devem ter iniciativas em promoverem apresentações gratuitas. O Ministério da Educação e Cultura também pode disponibilizar palestras em escolas a fim de informar aos jovens como funciona o Vale Cultura. Por fim, os organizadores de eventos culturais devem utilizar uma mídia mais acessível para divulgar os espetáculos, como a televisão e o rádio.