Título da redação:

A (des) cultura no Brasil

Tema de redação: O acesso à produção cultural em questão no Brasil

Redação enviada em 16/07/2017

No Período Joanino, para receber a Corte portuguesa na colônia, foi construída à primeira estrutura cultural do Brasil, composta por Escolas de artes e ciências, museus, bibliotecas e imprensa, beneficiando a elite intelectual, mas excluindo a massa populacional que foi expulsa de suas casas e limitada à periferia para dar lugar a essa estrutura. Ao longo da história do país, esse aparato intelectual ainda é restrito as classes privilegiadas, pois não é democratizado a população em geral, seja pelo valor ou pela falta de incentivo. Inicialmente, é válido ressaltar que o acesso à cultura é caro. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, o consumo cultural no país não corrobora com a realidade financeira do brasileiro das classes médias e baixas, pois dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos de 2013 revelam que o salário médio do brasileiro para atender as demandas básicas com educação, saúde e alimentação deveria ser acima de dois mil reais, valor acima da média salarial de 2017. Este quadro evidencia que o brasileiro dessas classes não consegue consumir a produção intelectual, pois não consegue nem suprir as necessidades básicas do ser humano. É importante considerar, que a população também não é incentivada para essa busca de enriquecimento cultural. O ministério da Cultura (MinC) dispõe de diversos programas como por exemplo o cine mais cultura, que exibe filmes nos municípios que tenham interesse no projeto, mas não é amplamente divulgado para que mais pessoas saibam onde são realizadas as projeções. Ainda mais, existem diversos ambientes, como centros culturais em diversas cidades, promovendo atividades e espetáculos, mas que não são de conhecimento da população, ou que comporta um número pequeno de pessoas. Assim, percebe-se que o estimulo para o consumo cultural é ineficiente e insuficiente. Fica evidente, portanto, que o acesso à cultura não é democratizado. Logo, faz-se necessário que o MinC em parceria com os Estados criassem mais estrutura, como mais bibliotecas e centros culturais, e também ampliassem as que já existem para abranger mais pessoas interessadas. Ainda mais, o Minc deveria promover mais as divulgações de seus projetos, utilizando da mídia em horário com mais audiência para anunciar sobre atividades culturais. Dessa maneira, o acesso e consumo cultural conseguiram alcançar mais pessoas e de todas as classes sociais.