Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Moradia social: a questão da ocupação x habitação

Redação enviada em 30/09/2018

O processo de urbanização do Brasil, tal como em outros países subdesenvolvidos, ocorreu de forma desorganizada e gerou consequências ainda observadas na dinâmica da moradia nacional. Dessa maneira, evidencia-se que, principalmente em grandes centros urbanos, grande parte da população mais pobre habita regiões marginalizadas e carentes de infraestrutura básica, ou até mesmo, não possuem abrigo, caracterizando-se como moradores de rua. Em contraste com o exorbitante número de pessoas que carecem de moradia, estão os vários imóveis ociosos, que não exercem nenhuma função social e que se encontram em estado de abandono. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a revitalização de prédios e construções abandonadas na capital teria a capacidade de abrigar mais de 80% da população que necessita de uma moradia social, fato que evidencia a ocupação desigual do território urbano. Como alternativa à precariedade habitacional, grupos organizados promovem as ocupações dos imóveis ociosos, transformando-os em moradias. No entanto, apesar de legais, tais grupos enfrentam dificuldades quanto a sua legitimidade perante a sociedade, o que geram entraves em relação a sua permanência nas habitações. A título de exemplificação, o filme “Era o Hotel Cambridge” retrata o cotidiano de moradores de ocupações em São Paulo, mostrando as mais diversas complicações enfrentadas por essa população. A problemática da carência de moradias no Brasil, portanto, deve ser priorizada e debatida nos governos municipais. As prefeituras deveriam, por meio de maior fiscalização e aumento de impostos, impelir a permanência de imóveis ociosos. Assim, os imóveis recuperados pelo município poderiam ser destinados a criação de moradias sociais que atenderiam parte da população necessitada e contribuiriam para queda do déficit habitacional e aumento da qualidade de vida dos cidadãos.