Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, todo cidadão tem direito a uma vida digna. No entanto, quando se observa o descaso com pessoas sem ter onde morar, verifica-se que esse ideal igualitário está longe de ser constatado na prática. Nesse contexto de moradia social, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como a educação e a falta de uma boa gestão que se preocupe com esse cenário. É indubitável que a questão da educação é fator determinante para a causa do problema. Comprova-se isso por meio de uma pesquisa feita pelo Datafolha e publicada no jornal Folha de São Paulo, em que mais de 80% dos moradores de rua não tem o ensino médio, o que evidencia ainda mais a desigualdade social, e mostra a necessidade urgente de incluí-los na sociedade por meio da educação. Dessa forma, vê-se que um dos caminhos para diminuir esse dado é o investimento em massa no ensino. Outrossim, destaca-se a falta de políticos que se preocupem com esse cenário como impulsionador do problema. Uma prova disso está nos vários imóveis abandonados que serviriam de moradia para esses desabrigados. Tal fato ocorre devido a uma boa gestão, o que corrobora para um problema social com dimensões cada vez maiores. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que essa falta de pessoas interessadas funciona conforme a Primeira Lei de Newton, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando o percurso. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para que essa falta de interesse saia na inércia e transponha as barreiras da insatisfação. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, seria interessante que a mídia, o quarto poder, abordasse essa temática por meio de campanhas publicitárias, com o fito de alertar a população do ocorrido, e pressionar o Governo Federal a tornar-se válido a ocupação de imóveis abandonados, agindo como a força descrita por Newton, mudando o percurso do problema. Ademais, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da educação deve promover mutirões nas ruas a fim de socializar os moradores de rua, oferecendo-lhes moradia, emprego e estudo. Logo, poder-se-á afirma que uma pátria educadora se adequa de forma exitosa aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos.