Com o projeto de revitalização do centro do Rio de Janeiro, no século XX por Pereira Passos, casebres e cortiços foram derrubados em prol da construção de praças, ampliando ruas e criando estruturas de saneamento básico, fugindo da visão de atraso, e de país escravocrata. Com isso moradores destas habitações foram obrigados a deixar seus lares e buscarem novos locais como morros, devido a desvalorização, para habitar. Hodiernamente, esse cenário não se difere do cenário vigente, tornando evidente uma sociedade que vive à margem de ocupações e habitações precárias. Em primeiro plano, deve-se ter em mente que a Constituição de 1988 assegura a todos os cidadões o direito à moradia. Entretanto, tal lei não é seguida, uma vez que se torna corriqueiro a ocupação de prédios abandonados e o crescente número da população que habita as ruas. Essa situação é oriunda do aumento do valor do IPTU e dos aluguéis, que se torna inviável para as camadas populares. Dessarte, ocasiona-se o abandono forçado de suas residências e a procura de novos locais para habitar, seja nas ruas ou prédios abandonados. Ademais, as instalações de programas de governo, como o PAC (Programa de Aceleração ao crescimento) que visava a construção de moradias mostram-se ineficazes. Visto que eram construídos às pressas e eram entregues inacabadas, propiciando a ausência de moradias dignas. Dessa forma, a população que goza desses programas se encontram ludibriadas com promessas de melhores habitações ou tornam-se desacreditadas, desistindo do programa. Portanto, faz-se visível a questão da moradia social, necessitando assim de medidas para reverter tal problemática. Logo, o Governo Federal deverá criar um órgão especializado em construção civil que trabalhará durante todo período da obra de habitações e, por meio de profissionais especializados e experientes aprovará ou não a entrega dos imóveis, com o objetivo de tornar os programas de governo eficazes. Desta forma a Constituição vigente efetivará um dos ideias na qual foi inspirada, a igualdade.