A partir do século XVIII, com a chegada da Revolução Industrial, o mundo e os meios urbanos passaram por diversas transformações, seja no campo social, estrutural ou econômico. No Brasil, na década de 50, esse processo não foi diferente, a industrialização tornou-se mais intensa, resultando no crescimento acelerado das cidades , que sem infraestrutura e sem organização, gerou diversas consequências, principalmente, na questão da falta de moradia. A crise econômica e o desemprego, nos dias atuais, são outros fatores que influenciam nesse problema social. Apesar da Constituição de 88 garantir por meio do legislativo, inúmeros direitos sociais, como moradia, saúde, educação e trabalho, na prática, existe uma grande divergência, confirmando essa realidade enfrentada pelo país. É noticiado por dados da prefeitura do Rio de Janeiro, que na cidade existem 140 mil famílias necessitando de uma moradia digna e mais de 5 mil imóveis se encontram ociosos e abandonados. Por isso, fica evidente a utilização socialmente justa desses locais, ajudando a diminuir o déficit de habitações e as injustiças que prejudicam diversas pessoas. A questão da moradia popular é extremamente grave e ocorre em todas as grandes capitais brasileiras. Segundo uma pesquisa realizada pelo IPEA( Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), tem mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas, mostrando que as autoridades não disponibilizam recursos suficientes para certos grupos que moram a margem das desigualdades sociais, econômicas e culturais da sociedade. Entretanto, na cidade de Recife, o poder público busca assumir o controle de prédios abandonados e transforma-lós em casas ou escolas, não só ajudando assim as famílias que continuam em situação de rua , bem como, crianças que necessitam de lugares para uma boa educação. Dessa forma, a industrialização trouxe benefícios para o mundo atual, mas também, divergências sociais que afetam diversas regiões. Com isso, cabe ao Ministério das Cidades, junto com Ministério do Desenvolvimento, ampliar projetos que busquem integrar e garantir a esses indivíduos sem acesso à moradia, alguns novos ambientes, como locais abandonados, podendo assim, melhorar os índices de desigualdade social e econômico existentes no país. Além disso, os meios de comunicação e as Ongs( Organizações Não Governamentais) deveriam incentivar com campanhas e ações sociais, melhorias na ocupação e dignidade desses cidadãos que exercem os mesmos direitos que qualquer indivíduo da sociedade.