O primeiro registro de remanejamento de moradores de um local no Brasil, foi no inicio do século XX, junto com a revolta da vacina na cidade do Rio de Janeiro (RJ), no qual o prefeito do RJ eliminou os cortiços para transformar o local em uma Paris brasileira, devido o advento da belle époque que se passava no continente europeu. Com isso a população foi despejada de sua moradia tendo sem um local para morar, foi dado força ao fenômeno que hoje é evidente sendo as favelas em áreas periféricas da cidade, sendo algumas delas são privadas gerando a problemática que é a ocupação. A questão da ocupação vai muito além de somente ao fato de quem pertence o ambiente, ou se aquele movimento é legal devido as justificativas de ser invasões de propriedades privadas. A adversidade se trata de saúde pública, e em alguns casos até de calamidade devido à ausência do estado dentro daquela comunidade de pessoas em que não chega os serviços básicos de saneamento, como as coletas de lixos e a água tratada, o que contribuiu para a ocorrência surtos de algumas enfermidades, fragilizando ainda mais esses moradores. Segundo a declaração universal dos direitos humanos: “Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis”, Levando em consideração que o Brasil como membro da Organização das Nações Unidas (ONU) é possível notar que tentativas de medidas estão sendo tomadas mas que ainda estão bem distante de se erradicar. No século XXl, principalmente na segunda década dela, foi notado um novo fenômeno dominando no Brasil, que foi o processo de gerintrificação, é baseado na transformação da área que era considerada periferia em lugar nobre. Ou seja, é como se apoderar novamente do espaço da população de menor renda, para gerar um local de atração devido elegância do ambiente, um exemplo bem evidente e aconteceu recentemente foi no bairro de São Paulo, em Itaquera, no qual era um bairro periférico na cidade e se tornou atração após a construção do estádio da Copa do Mundo com intuito de sediar jogos da copa do mundo de 2014. Esse acontecimento, além de desapropriar parte dos residentes da região, promove a sua exclusão social novamente devido à elevação dos custos naquela localização. Desta forma, é de suma importância que os municípios com apoio do governo estadual e federal, amplie seus projetos de moradias populares para que diminua o número de moradores em áreas de risco e abandono do estado. Além disso, é de grande relevância que as Organizações não governamentais (ONG’s) com parceria da prefeitura desenvolva projetos para empregar aqueles moradores que estão desempregados, fornecendo assim uma oportunidade de fonte de renda, o que pode proporciona uma melhor qualidade de vida.