Carlos Drumond, em seu poema “No meio do Caminho”, utilizou uma pedra para descrever os obstáculos enfrentados durante a vida. Porém, em se tratando da moradia social, há um enorme pedregulho que precisa ser superado, fazendo-se necessárias medidas para resolver a questão. Tomando como base a Constituição Brasileira, todo cidadão tem direito à moradia. Contudo, é possível notar uma realidade distinta, tendo em vista que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6 milhões de pessoas ainda não possuem residência. Dessa forma, nota-se tamanho descaso com a população e a amputação de tal direito assegurado, até então, pela lei maior. Outrossim, a família é uma das principais contribuintes para a problemática, uma vez que, idosos e usuários de drogas são abandonados e esquecidos. Assim, influencia-lhes a recorrer à formas ilegais de moradia. Logo, é necessário que o Governo Federal forneça verbas para os estados e municípios apropriarem-se, por vias legais, de edifícios abandonados para reformá-los e torná-los habitáveis, a fim de serem cedidos para o povo. Também, ONGs, junto aos moradores locais, devem organizar, cada um em seu respectivo bairro, caravanas de solidariedade, levando alimentos e roupas para os sem teto e encaminhando-lhes para abrigos. Dessa maneira, tirando as pedras do meio do caminho, constituir-se-á um país mais digno