Título da redação:

Não apenas morar, importa viver

Tema de redação: Moradia social: a questão da ocupação x habitação

Redação enviada em 31/08/2018

A Revolução Industrial brasileira, fim do século XIX e início do século XX, desencadeou o êxodo rural, onde um número muito grande de pessoas se mudaram para as cidades e começaram habitar em aglomerados e cortiços. Esse problema de moradia persiste até os dias atuais, impactando brasileiros que vivem em domicílios improvisados e habitações precárias. Primeiramente, a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 6º assegura que o acesso a moradia é um direito fundamental. E não há dúvidas de que esse direito é descumprido quando famílias inteiras sobrevivem em domicílios improvisados, locais não construídos para fins habitacionais, como embaixo de pontes e viadutos. Além disso, ainda se faz necessário lembrar que, não basta ocupar um prédio ou imóvel, sem que esses, antes passem por uma reforma adequada. Segundo o Arquiteto Franco-Suíço Le Corbusier "Uma casa é uma máquina de morar", quem mora precisa viver, e quem vive sente prazer em voltar no final do dia para uma casa que atenda às suas necessidades. É possível perceber, portanto, que para dignificar a questão da moradia social, se faz necessário que o governo em parceria com os municípios iniciem através de agentes fiscalizadores um levantamento de imóveis potenciais que estão em estado de abandono e com débitos, para que eles sejam requalificados e devidamente utilizados. Essa iniciativa pode ser reforçada envolvendo a participação de professores e alunos das academias do curso de Arquitetura e Urbanismo de todo país, que prestarão assistência técnica para adequação correta das moradias. Desse modo será possível não só garantir um teto, mas uma vida digna.