Os impactos da questão “moradia” no Brasil Que todo cidadão possui direitos universais, isto é fato. Educação, saúde, lazer, trabalho e moradia; como prevê o artigo 6° da Constituição Federal. No entanto, é notável que nem todos possuem acesso a esses princípios básicos de dignidade, e acabam ficando sem escolas, hospitais e principalmente moradia. Estima-se que apenas no Brasil, 101 mil pessoas estão morando nas ruas, ou estão desabrigadas. A origem deste caos se dá desde os primeiros seres humanos, onde os povos mais fortes e poderosos, subjugavam os mais fracos, conquistando e destruindo suas terras. Na contemporaneidade, vemos os interesses pessoais a frente do Bem comum, a injustiça, a ganância da minoria que está no poder, tudo isso é sobreposto às necessidades básicas, e aos direitos humanos. Muitas famílias, para não ficarem vivendo nas ruas, acabam ocupando propriedades, muitas das vezes abandonadas, porém privadas. No Brasil, nação onde 36% das pessoas vivem no ambiente rural, e a luta agrária é muito intensa, é possível observar este processo no MST, movimento no qual camponeses que foram expulsos de suas terras por latifundiários, brigam com os mesmos para restitui-las. Nesse contexto, percebe-se que, o Brasil necessita urgentemente de uma reforma agrária para amenizar o problema de moradia no campo. Segundo dados, apenas 1% dos proprietários detêm 46% das terras, em sua maioria, improdutivas. No âmbito urbano, o exemplo do campo pode ser seguido. Residências e imóveis que foram constatados o abandono, poderiam servir de abrigos ou moradias para esta população, que chega a quase 5%.