Com o intenso processo de industrialização brasileira ocorrido a partir da década de 1930, ficou mais acessível as pessoas irem e virem das cidades. O Governo federal só não contava com a superlotação de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto cidades como Boa Vista, Roraima, tem baixo índice de habitantes. Não há estrutura para todos. E a ocupação nas ruas e as favelas e periferias com casas impróprias foi meio de sobrevivência para boa parte da população. Hoje São Paulo conta com quase 7400 hab/km², enquanto cidades como Boa Vista, Roraima, cerca de 50 hab/km². Tal dado mostra a intensa desigualdade na distribuição populacional, o descaso governamental com algumas cidades brasileiras há muito tempo e falta de investimento na mudança desse cenário. A questão econômica e social disparam, trazendo: crise econômica, segregação socioespacial, preconceito, etc. O processo histórico de periferização ocorrida na primeira metade do século XX causou danos hoje incontroláveis ao Governo: comunidades e periferias que abrigam milhões de pessoas em casas impróprias ou superlotadas. Não houve um processo de rearranjo dessa população, não houve uma política de inserção no espaço da cidade e houve a periferização. Pela constituição de 1988 todo cidadão brasileiro tem direito a uma moradia digna e justa. Cabe ao Governo federal cumprir tal lei de forma prioritária. No Rio de Janeiro, segundo dados de maio de 2018, cerca de 12 mil pessoas vivem nas ruas e esse número tende a aumentar se não houver um plano de melhoria. Além das casas impróprias nas comunidades e periferias. Tirar essas pessoas das ruas ou das casas inabitáveis não é solução para as cidades brasileiras. Deve haver uma organização e cumprimento do plano de Governo sobre a moradia social, uma rigorosa fiscalização e um projeto duradouro para tal.