Desde a Revolução Industrial, um automóvel nunca foi tão valorizado e almejado pelo ser humano, Sensações de conforto e liberdade tomaram conta da sociedade em geral após o início da produção de carros. Entretanto, no cenário atual, a mobilidade urbana está cada vez mais problemática e prejudicial ao direito de ir e vir da população. Grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Xangai e Tóquio enfrentam problemas como elevado número de habitantes, lotação dos transportes coletivos e congestionamentos constantes. A diferença é como tais locais tentam solucionar e acompanhar esses problemas. Em 1993, Rio de Janeiro já possuía metrô com 2 linhas e Xangai,não. Em 2013, Xangai já era o segundo maior da China com mais de 10 linhas, além de outras em planejamento. O Rio de Janeiro, ainda com as 2 linhas, não houve crescimento significativo. Toda pessoa tem a liberdade de locomoção estabelecida pelos Direitos Humanos. Contudo, dificilmente os cidadãos atuais encaram o "ir e vir" como uma liberdade,mas como uma prisão na maioria das regiões metropolitanas. Devido aos engarrafamentos longínquos, as pessoas ficam mais tempo paradas em seus veículos ou transportes coletivos, além do consequente estresse. Se o transporte público for de má qualidade, ineficiente, não-pontual, além de não atender a demanda, os cidadãos optarão pelos automóveis. Esse, além de um bom momento econômico, são os principais motivos da individualização de automóveis. Com 30 motoristas "individuais", daria para ocupar 30 assentos de um ônibus, o que acarretaria em menos veículo nas ruas, amenizando o trânsito e a poluição do ar. A mobilidade urbana, portanto, precisa ser avaliada de acordo com a cidade e com o crescimento de cada população. Os governantes e as sociedades devem atuar juntos para que a locomoção seja feita de forma eficiente, confortável e sustentável possível. As pessoas precisam saber que a mudança acontece a partir de cada cidadão, juntas por um trânsito de mais qualidade e saudável para todos.