Muito se tem debatido a respeito da mobilidade urbana e da relação que esta mantém com a emissão de gases poluentes, o aumento do número de veículos nas ruas e o aquecimento global. São muitos os argumentos que nos levam a crer que usar o transporte público ou bicicleta é a melhor alternativa para os problemas citados acima. Contudo, resta a questão: podemos usar de forma eficaz essas modalidades de transporte? É muito comum nas grandes cidades a utilização de mais de uma condução para se chegar a determinado lugar, considerando a grande distância que por muitas vezes é percorrida. Emprega-se muito tempo e dinheiro neste processo, tempo este que poderia ser usado de outra maneira caso o meio de transporte fosse alterado. Sob a ótica financeira, algumas cidades oferecem programas a fim de baratear o valor do percurso pelo transporte público ao consumidor final. Entretanto, o valor continua sendo muito alto para quem ganha um salário mínimo por mês. Ainda, há de se refletir sobre o aumento da violência nas cidades. Em muitas regiões, sabe-se informalmente que a partir de determinado horário o número de incidentes dentro de veículos e/ou bairros específicos aumenta. É o chamado “toque de recolher” que se torna incisivo, e não o direito de ir e vir de todo cidadão. A escolha neste cenário e a de chegar em casa são e salvo ou não. Carecemos de ações governamentais a fim de solucionar este problema, e não apenas indicar um culpado e nenhuma atitude tomar. O uso de bicicletas e o transporte público são, sem dúvidas, os melhores meios ao se pensar no coletivo. Porém, não oferecem nenhuma segurança ao usuário e se mostram impraticáveis para longas distâncias dentro das grandes cidades. Cabe à cada gestão entender o cenário do município e indicar à população a melhor alternativa de transporte.