Título da redação:

Novo Mundo: em falha com a população

Tema de redação: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 17/05/2017

Mobilidade Urbana em questão no Brasil No Velho Continente, entre os séculos XVI e XVIII, viu-se a crise do sistema feudal em decorrência do aumento e expansão das práticas mercantis, e o crescimento das cidades, um dos agravantes da imobilidade urbana atual. Em situação análoga, no Novo Mundo, no governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitscheck, com a política dos “cinquenta anos em cinco” e com o incentivo à indústria automobilística houve inchaço dos transportes individuais, o que foi incentivado, ainda, por uma concepção social de poder atrelada ao uso de tais meios de locomoção. No século ímpar em que nos encontramos, as metrópoles brasileiras sofrem com essa herança histórico-cultural, seja por falta de consciência da população, seja por inexistência de planejamento urbano. Dessa forma, é possível afirmar que a sociedade brasileira, muito ligada ao individualismo contemporâneo, corrobora as intempéries climáticas ao utilizar o automóvel privado. Isso explica os congestionamentos diários, que aumentam o tempo de deslocamento, fazendo com que o direito de ir e vir seja adiado em horas de espera, o que acarreta, desse modo, na elevação das taxas de emissão de dióxido de carbono. Ainda assim, é válido salientar que o impasse da questão ambiental ganha destaque por meio do aumento do fenômeno das ilhas de calor, fenômeno, este, afetante não só da metrópole, como também das áreas conurbadas. Assim sendo, o Estado deve incentivar o uso dos transportes públicos, através de investimentos e planejamento urbano sustentável. Nesse aspecto, vale ressaltar ainda que as cidades brasileiras não possuem um planejamento urbano que assegure harmonia entre pedestre e outros meios de locomoção, o que inviabiliza a mobilidade. Esse problema acirra-se por evidente crescimento de investimentos imobiliários, uma vez que as cidades crescem rapidamente, logo, visando atender tal demanda, crescem também o número de rodovias, abrangentes de novos veículos. Dessa maneira, percebe-se ainda que nesse crescimento exacerbado parece não existir espaço suficiente para o desenvolvimento de ciclovias e ciclofaixas, haja vista a falta de estruturação urbana específica e de qualidade para este tipo de mobilidade, tão preconizado por especialistas como solução viável, no que se refere à mobilidade urbana. Frente ao exposto, a mentalidade social, bem como a falta de estruturação urbana adequada devem ser reconstituídas, a fim de promover a segurança e o bem-estar da população, o que acontecerá com ação conjunta, paulatinamente, de agentes sociais. É necessário que o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, que, por sua vez, atuaria em conjunto ao Ministério das Cidades, produza e distribua, em escolas públicas e privadas, revistas e estórias em quadrinhos que mostrem a importância da sustentabilidade para o desenvolvimento urbano, com o intuito de conscientizar aqueles que irão se movimentar sem respeitar a primeira lei de Sir Isaac Newton. Em segundo plano, o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Justiça, deve reduzir o custo das tarifas dos transportes públicos e investir em qualidade e desenvolvimento de vias exclusivas, ciclofaixas e ciclovias. Por fim, a mídia, em ação conjunta às Organizações Não Governamentais, através de propagandas e da teledramaturgia, deve incentivar o uso de bicicletas e as caronas solidárias, Só assim, este Novo Mundo garantiria bem-estar aos seus moradores.