Título da redação:

Mover para ter

Tema de redação: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 13/07/2016

Desde a formação do Estado Nacional, a mobilidade urbana é um problema intrínseco a vida do cidadão brasileiro. Em 2013, foi implementada uma lei no estado de São Paulo que assegurava a minimização da superlotação de veículos nas rodovias através de um mecanismo de rotatividade entre os automóveis. Entretanto, mesmo com essa medida, a dificuldade de locomoção no meio urbano ainda persiste no cotidiano de muitos brasileiros, seja pela falta de planejamento governamental, seja pela rápida e intensa urbanização no país. Em um primeiro momento, é indubitável afirmar que a falta de um projeto prévio contribui com o impedimento do direito à cidade ao povo. O crescente número de automóveis e a saturação das rodovias prejudicam, certamente, o desempenho do cidadão na sociedade, seja com atrasos no trabalho, estresses emocionais ou, até mesmo, com violência no trânsito. De acordo com a diretora de Regulação e Gestão da Secretaria de Transporte, 68% do capital destinado a estrutura urbana é perdido pela ausência de um plano precedente à obra. Deste modo, a elaboração de um planejamento, para que não ocorra esses déficits estruturais e sociais, é essencial para o usufruto do cidadão do direito de ir e vir e para o cumprimento do dever do próprio Estado. Outrossim, a urbanização anômala ocorrida no Brasil no início do século XX intensificou o problema da mobilidade nas grandes cidades. A intensa industrialização, promovida por Vargas em 1930, estimulou o êxodo rural e garantiu o superpovoamento para a região sudeste. Logo, essa urbanização explosiva causou a rápida saturação das vias rodoviárias, com, por exemplo, o desgaste do asfalto, uma sinalização deficiente, além de, com um grande números de veículos, contribuir com a emissão de poluentes e a consequente quebra da camada de ozônio. Deste modo, as consequências da permanência desses problemas podem comprometer o bem estar de todos, seja com aumento do número de acidentes, seja com a falta de calçadas e ciclovias, seja com a lentidão no tráfego. Entende-se, portanto, que o cidadão, reconhecendo-se como protagonista político-social, deve pressionar as instâncias Executivas - sobretudo com manifestações e plebiscitos - a liberar mais capital para a estruturação da cidade e, assim, melhorar a mobilidade no meio urbano. Analogamente, o governo deve promover campanhas para melhor rodízio de automóveis circulando na cidade, assim como, redes midiáticas devem incitar o uso do transporte coletivo para menor emissão de poluentes. Assim, será possível minimizar a problemática.