Com a imigração de pessoas do campo ou estrangeiros, ambos em busca de melhores condições de vida, os centros urbanos cresceram em sua grande maioria de forma rápida, o que ocasionou a falta ou a insuficiência de planejamentos estruturais acerca da mobilidade a ser ofertada à população. Em virtude da disponibilização de transportes públicos precários e em quantidade inadequada ao atendimento da necessidade social, além da escassez de áreas privativas ao trânsito de ciclistas, muitos cidadãos utilizam os seus próprios meios de transporte automotores, o que gera um abarrotamento das vias de locomoção. Com vistas à garantir a manutenção das vias de acesso, algumas empresas concessionárias cobram pedágios pela passagem de veículos em determinadas rotas, situação que acaba por dificultar a vida das pessoas que têm que passar diariamente pelo mesmo local, principalmente as que possuem baixas condições financeiras, que se depararam obrigadas à utilizarem os transportes públicos à qualquer custo, estejam eles lotados ou não. O direito à livre locomoção nas cidades só será garantido com um maior engajamento do governo na efetiva implementação de políticas de mobilidade, em que sejam garantidos transporte público em quantidade suficiente e de qualidade, além da ampliação das áreas de circulação de ciclistas.