Título da redação:

Em busca da dinâmica cotidiana

Tema de redação: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 30/07/2016

Notamos que nas últimas décadas , o debate sobre as dificuldades de mobilidade no espaço geográfico das cidades tem expressivo aumento. Portanto, no ano de 2012 , foi aprovado a Lei de Mobilidade Urbana, que , por sua vez, tem como prioridade melhorar e estimular projetos de mobilidade em cidades com mais 20 mil habitantes. Contudo, no momento presente é notório que tal lei ainda não foi totalmente implantada de modo efetivo na maioria dos municípios brasileiros, pois o meio transporte individual é o mais procurado por muitos. Desse modo,os desafios de estrutura urbana e comportamental da sociedade são imensos para que se molde uma cidade mais dinâmica. Em primeira análise, demos compreender os motivos históricos e estruturais que proporcionou o desejo de muitos brasileiros procurar o automóvel como meio de transporte. Com a chegada da industrial de bens duráveis no Brasil durante o governo de Juscelino Kubitschek, houve muito estimulo por parte do Estado a industria de automóveis e por conseguinte a construção de muitas estradas rodoviárias. No entanto, o crescimento das cidades não teve estrutura de mobilidade proporcional a formas de transporte individual e público. Logo, é paradoxal pensarmos que após os trabalhadores conseguirem uma jornada de oito horas de trabalho, comecem a passar muitas horas para se deslocar ao trabalho ou em suas atividade cotidianas. Os efeitos da dificuldade de transitar no meio urbano contribuem para muitos impasses na sociedade. É evidente que a super lotação e a má qualidade de estrutura e distribuição do transporte público , proporciona a queda na qualidade de vida de muitos que enfrentam esse problema de locomoção no cotiano. Ademais, as cidades se tornam cada vez mais poluídas devido ao uso de carros, em que contribui em fenômenos climáticos - como a ilha de calor e o efeito estufa- compromete a saúde publica. Logo, podemos inferir que a mobilidade urbana não atinge somente a dinâmica do transito, pois ela também pode comprometer a economia das cidades ao interferir em setores privados e públicos. Como exemplificação, podemos citar a tendencia de muitas industrias procurar encerrar suas atividades em cidades grandes devido a falta de locomoção de sua matéria prima e produtos. No entanto, observamos que o comportamento da sociedade caminha de forma contraria aos projetos de mobilização, visto, que , a nova classe média busca adquirir veículos em sua rotina. Devemos citar também que a ideia de mobilidade ainda não foi difundida no corpo social, e até mesmo desconhecida por muitos. Desse modo, é fácil observar que a ciclovia é vista como um espaço de lazer e não de locomoção. Assim, fica evidente que a problemática de mobilidade urbana está fortemente relacionado com o comportamento da população. Diante do que foi exposto, podemos inferir que o deslocamento em centros urbanos se encontra em estado patológico. Portanto, cabe aos governos locais estimular projetos de mobilidade que atraia a população a usar novas alternativas de transporte - como a implantação de ciclovias; é necessária a ampliação e a melhoria do transporte público para que garanta conforto e segurança aos usuários. Cabe ao Estado em parceria com mídia criar campanhas que estimule e leve o conhecimento da população sobre as formas de mobilidade urbana. Com isso, podemos esperar que a dinâmica das cidades se torne possível com a participação dos governantes e da sociedade.