Em âmbito nacional, não há dúvidas de que a problemática da mobilidade urbana e o direito à cidade devem ser avaliados por uma gama de ponderações sociopolíticas. Desse modo, é preciso ir além de perspectivas simplistas e, mais do que defender um entendimento consistente, conceber medidas eficazes e precisas. De fato, não se pode negar a importância de se compreender que a questão da mobilidade pública remete ao planejamento urbano bem elaborado. Afinal, é preciso considerar que a mobilidade urbana não se limita somente à resolução do caos no trânsito, mas à possível mobilidade e a promoção do respeito a todos os cidadãos. A partir desse discernimento, podem-se promover concepções mais coerentes acerca desse fenômeno social. No entanto, mais do que perspectivas acertadas, a questão da mobilidade urbana exige iniciativas sérias, pontuais e responsáveis. Nesse sentido, destaca-se que, enquanto muitos políticos discursam, avançam os casos de fatalidades no trânsito por falta de uma mínima sinalização, como no ano de 2013, que 324 pessoas foram acidentadas em João Pessoa por falta de semáforos em centros de grande circulação. Assim, como afirma o filósofo francês Montesquieu, quanto mais os homens de dedicam aos discursos, menos eles agem. Decerto, compreender devidamente a questão da mobilidade urbana no Brasil constitui uma grande tarefa crítica-urbanista. Portanto, é necessária a elaboração do planejamento urbano bastante minucioso e que reconheça os problemas da acessibilidade do cidadão brasileiro, tanto quanto pedestres como motoristas. Com isso, faz-se imperativo também o engajamento populacional para exigir das autoridades públicas o cumprimento de suas prerrogativas, como o direito de ir e vir sem impedimentos, porque enquanto os cidadãos esperam por mudanças, estas aguardam por iniciativas.