Mesmo com o intenso processo de urbanização, ocorrido nas grandes cidades brasileiras a partir de 1960, o desenvolvimento não foi acompanhado por efetivos sistemas de mobilidade. Sendo assim, contrariando a Constituição Federal, que tem como uma de suas garantias fundamentais o direito de ir e vir, esses sistemas de mobilidade apresentam falhas no que diz respeito à qualidade, gastos financeiros e acessibilidade. Um ônibus ocupa o espaço de quatro carros no trânsito, porém, sua capacidade é, no mínimo, dez vezes maior que a dos carros. Apesar disso, os carros ainda são maioria, porque os cidadãos se sentem desconfortáveis nos transportes públicos superlotados, sem ventilação e segurança adequadas, pagando uma tarifa alta que não traz o retorno esperado, muitas vezes, causando grande stress. A acessibilidade é defasada, já que calçadas e vias possuem poucas rampas e instrumentos de acessibilidade. Ônibus e trens possuem elevadores, escritas em braile e outros sistemas, porém , estes sistemas demandam muito tempo para serem utilizados. Esses fatores induzem os passageiros deficientes a comprarem carros adaptados, com o aumento do número de veículos aumenta a poluição e o trânsito lento. Ademais, a falta de acessibilidade traz ao deficiente uma sensação de menosprezo, não dando a possibilidade de uma vida normal ao mesmo. Portanto, é necessário a conscientização da população sobre o tema, isso pode ser feito desde as primeiras séries do ensino, mostrando aos alunos os benefícios do transporte público e expandir a ideia á todos à todos. Além disso, o governo pode contratar empresas com veículos confortáveis e com maiores frotas para comportar a demanda, podendo ser instaurado pedágios urbanos para veículos particulares em avenidas de trânsito rápido, adequar o valor das tarifas aos salários e trazer aos centros urbanos uma nova modelação urbana com total acessibilidade.